sábado, 27 de fevereiro de 2016

Vacinas

Pois então! O mês de Fevereiro chega ao fim, sinônimo de término de férias para a grande maioria das pessoas e, consequentemente, seus pets. Vamos aproveitar este momento para atualizar o calendário vacinal; tão importante para manter a saúde do seu amigão de 4 patas em dia!

As vacinas mais comumente disponíveis para cães são : a polivalente canina (protege sobretudo contra Cinomose e Parvovirose), anti-rábica, vacina contra giardíase e contra a Gripe Canina. Já as vacinas disponíveis para gatos são a polivalente felina (Tríplice, Quádrupla ou Quíntupla ; e a vacina anti-rábica. 

Fique atento ao protocolo estabelecido pelo veterinário :

*Animais adultos devem receber um reforço anual de cada uma das vacinas disponíveis.

*Filhotes de cães recebem de 3 a 4 doses da vacina polivalente, uma dose da vacina anti-rábica, duas doses da vacina contra giardíase e uma ou duas doses da vacina contra a Gripe canina, dependendo da vacina utilizada

*Filhotes felinos recebem 2 ou 3 doses da polivalente felina, e uma dose da vacina anti-rábica.

Tanto para cães, quanto para gatos, o intervalo entre as doses é de 21 a 30 dias.

Em breve, um tópico sobre a vacina contra Gripe Canina, também conhecida como Tosse dos canis ou Tosse dos cães. 

terça-feira, 8 de março de 2011

As 10 máximas que você não gostaria de ouvir ou participar, quando é clínica de animais de cia.

1. "Tentei lhe telefonar, mas só dava ocupado. Acabei levando no Dr. Fulano de tal, que falou tudo que a sra falou, só que não pediu exames pré-operatórios, disse que tem experiência neste tipo de cirurgia.
*Tradução: Você é inseguro(a) e inexperiente

2. "Onde já se viu cobrar para atender animal abandonado? Quem gosta mesmo da profissão tem que dar esta contribuição".
*Tradução: Veterinário é profissão romântica, tem que trabalhar por amor. Mas as suas contas, inclusive de fornecedores de medicamentos, o aluguel da clínica, etc, vencem no final do mês. Quem fará esta caridade por você?

3. "Para quê estes banhos terapêuticos? Lá na fronteira a gente usa óleo com enxofre e cura ligeirinho e se, ainda assim não curar, a gente usa colar de sabugo sapecado, que é pra ontem!"
*Tradução: Médico Veterinário é que nem médico, só sabe na teoria, nada como a experiência dos mais velhos e "práticos" do campo.

4. "Aí eu já estava sem condições financeiras, então deixei rolar para pedir uma eutanásia (que eu posso pagar em 2x), para acabar com este sofrimento de uma vez por todas".
*Tradução: Adota animal já não tendo condições e quando se depara com uma doença no animal - por falta de vacinas, por exemplo, pede eutanásia, pois não tem condições financeiras de arcar com a inconseqüência do seu ato.

5. "Comprei ele para meu filho, mas dá muito trabalho, se você conseguir um dono para ele, eu ficarei eternamente agradecido(a)"
*Tradução: Você trabalha por "amor aos animais", vai se empenhar em resolver o problema.

6.  "Não sabia que gato tinha rim" (quando você dá um diagnóstico de insuficiência renal).

7. "Dei o mesmo remédio para ele (um gato) que eu tomava quando estava grávida (no caso Paracetamol), se uma mulher grávida pode tomar Paracetamol, um gato também pode".
*Paracetamol é tóxico para gatos. Como muitos remédios de uso humano, para não dizer a grande maioria, as pessoas comumente fazem isto, só que existem alguns que são contra-indicados, sobretudo para gatos. A humanização de animais resulta nisto... o que é bom para mim, também é para meu gato ou cachorro, mas isto nem sempre é verdadeiro...

8. "Fui à farmácia comprar os medicamentos que a sra prescreveu e o atendente (ou às vezes o farmacêutico) disse que a sra está prescrevendo uma dose muito alta (o dobro do que se prescreve para uma criança) e não quiz me vender".
*Aí o veterinário tem que dizer o óbvio: a dosagem terapêutica para animais é diferente da dosagem terapêutica usada para humanos.

9.  "Acabei dando o Cataflam, por que achei que era melhor"
*Aí o pobre animal tem uma gastroenterite hemorrágica violenta e você logo suspeita que o proprietário mudou a receita, principalmente por ser médico.

10. "Esta cadela é uma v... Dá para todos"
*Esta foi cruel e inesquecível. Acabei dizendo o óbvio: "meu senhor, não é uma v... , é uma fêmea no cio..."


Fico por aqui, com a certeza de que haverá a parte 2 deste artigo...
Abraço a todos

segunda-feira, 7 de março de 2011

A Realidade do Clínico de Cães e gatos no Rio Grande do Sul

Seguindo a linha dos temas polêmicos e atendendo a sugestão da colega Miriam Mundis, cabe uma explanação sobre a realidade e em que contexto se encontra inserido o clínico de cães e gatos no RS. Claro que não é minha intenção generalizar e , felizmente existem, ainda que em minoria, exceções. Tampouco é minha intenção tomar os apontamentos deste artigo como verdades absolutas, mas sim, expor, mesmo que de forma breve, a minha experiência ao longo destes meus 6 anos como profissional. Gosto de falar sobre estes temas como forma de alertar; instruir os aspirantes a clínicos de animais de companhia, visto que os mestres das universidades geralmente têm dedicação exclusiva a docência e acabam por não conhecer na prática esta realidade.


Faço das palavras da Dra. Miriam Mundis - isto de fato acontece !!! As pessoas gastam vultosas quantias em banho, tosa e compra de acessórios, sem barganhar, mas, na hora de remunerar o veterinário, relutam. Com a máxima de que "de médico e louco todo mundo têm um pouco", preferem pesquisar na internet (e tirar conclusões precipitadas), consultar o atendente da agropecuária, ou o esteticista e , quando, nada mais resolve e tudo já está mascarado, procuram o veterinário. Aí temos que ter soluções mágicas e bola de cristal para diagnosticar sem realizar exames complementares; e aceitarmos as mais nefastas propostas de condições de pagamento. Infelizmente, as pessoas gastam muito mais do que R$ 40,00 ou R$ 50,00 em estética e acessórios, mas gastar isto com atendimento veterinário elas consideram um absurdo. E aí os donos dos estabelecimentos, quando não são veterinários, embuídos do medo desesperador de perder um cliente acaba muitas vezes por "receitar" algum medicamento, por que, afinal de contas, tanto tempo neste "ramo", já adquiriu "experiência"; ou ainda, diminui o valor da consulta a valores indignos, só para ter vantagem na concorrência com o vizinho. Infelizmente, na nossa cultura gaúcha de que cachorro é cusco, o que norteia a escolha do veterinário é, em primeiro lugar, a proximidade da residência e, em segundo lugar, o preço - quem cobrar menos "leva".

A questão da responsabilidade técnica é outra indignidade. Todo dono de pet shop, agropecuária ou clínica, quando não é veterinário, considera dinheiro colocado fora pagar um responsável técnico e só paga por que a lei exige; só que esquecem que, qualquer imperícia ou imprudência por parte destes indivíduos - tomado por esta opinião de que o veterinário é dispensável - resulta em penalização ao médico veterinário, imputada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-RS). A lei exige um salário mínimo nacional para cada 6h semanais, que podem ser cumpridas todas num único dia, ou distribuídas ao longo da semana, independentemente se você clinica ou naquele estabelecimento - mas sempre vem aquela proposta indecente de somente "assinar" sem precisar comparecer (para aqueles estabelecimentos que não dispõem do serviço de clínica de cães e gatos) e claro, pela metade do preço (ou às vezes menos ainda), sendo que a responsabilidade é a mesma. Recentemente fui procurada para assinar uma RT e a empregadora reclamava que estava tendo dificuldade para encontrar, pois os veterinários estavam cobrando muito caro. Perguntei a ela quanto era este "muito caro" - o muito caro era o que a lei exigia !!! Imediatamente respondi a ela que isto não era "muito caro" e sim, o que a lei exigia. Tentando barganhar, ela disse que estava pensando em fechar o estabelecimento, uma vez que estava com dificuldade financeira para custear este valor.


Existem situações que a sociedade desconhece:
- que, quando o veterinário clinica em um estabelecimento que comercializa medicamentos e produtos veterinários, ele é pressionado pelo empregador a indicar somente os medicamentos que o estabelecimento dispõe;
- que existem proprietários de agropecuárias, pet shops, clínicas; que aplicam vacinas e medicamentos - é gente, tem mesmo, sem nenhuma condição para isto, pelo óbvio motivo que não é habilitado para tal. Aí vacinam animal incubando doença infecto-contagiosa, e sobra para quem resolver isto??? Tendo ainda que fazer "preço camarada", pois , afinal de contas, o sujeito já gastou com o produto e cliente não se pode perder.
- que, geralmente, quando o cliente tem diversos cães e, quando ele não tem mais como adiar, resolve levar para uma consulta. Aí você tem que bancar o São Francisco de Assis e cobrar uma consulta e meia dos demais (mesmo quando são doenças diferentes), mesmo que você tenha examinado um por um, e prescrito uma receita para cada um; ou ainda, como ele vai pagar à vista e são vários, você é pressionada a fazer um "desconto para pagamento a vista".
- que, quando acontece algum acidente no banho e tosa, mesmo por imperícia, o veterinário do estabelecimento realiza uma consulta, enfrenta a fúria (com razão) do cliente e não recebe esta consulta do proprietário do estabelecimento - quando é RT por que, na concepção do empregador é pago para "resolver pepinos" , o que não é a finalidade ou, quando não é RT, por que tem que "vestir a camiseta"ou ainda "tem que ser bonzinho por que recebe em dia", como se isto não fosse uma obrigação;
- que, muitas vezes, o veterinário é remunerado no final do mês com cheques emitidos pelos clientes do estabelecimento, muitas vezes pré-datados para bem depois - por que não podemos esquecer que não se pode perder cliente - e as contas do profissional não são pré-datadas;
- que, de acordo com a idéia de que o banho e tosa sustenta o estabelecimento, muitas vezes, o profissional recebe em dia e muitas vezes "têm poderes dentro do estabelecimento", influenciando na manutenção do veterinário dentro do estabelecimento;
- que o veterinário é pressionado (por lavagem cerebral, muitas vezes sob o argumento de que, se o estabelecimento não vende, não tem como custear o veterinário - e aí nesses casos tem que fechar as portas) a indicar a ração que resulta em maior margem de lucro para o proprietário do estabelecimento e que freqüentemente, não é a que ele considera a ideal.

Mas os culpados somos nós veterinários, que acabamos por nos submeter a estes absurdos por que precisamos pagar as contas no final do mês como qualquer cidadão. Onde vamos parar? Por que depois de tanto esforço para concluir uma graduação (que não é fácil, tampouco se resume a passar a mão na cabeça de cãezinhos e gatinhos) não temos a tão justa valorização? Por que os conselhos de classe não são tão representativos como, por exemplo, o conselho dos farmacêuticos, se pagamos tanto ou mais do que eles? Aproveito este artigo para suplicar aos futuros novos colegas que lutem para reverter esta situação !!! 

domingo, 6 de março de 2011

Plantão veterinário - Você sabe como funciona?

São quase 2h da manhã e seu cão continua tendo diarréia, não se alimenta, e a suspeita de que aquela tarde no parque foi precipitada. Aí você (já preocupado) lembra que a veterinária recomendou, que ele não saísse de casa antes de tomar todas as vacinas. Mas ele estava tão contente !!! Até brincou com outros filhotes, foi uma festa.  O cházinho que era infalível para as dores de barriga do seu filho, que hoje já tem até barba, desta vez não funcionou. E agora?

Agora, você, tomado pelo sentimento de culpa, procura um plantão veterinário. A essas alturas, seu cão já vomita também, e a ansiedade começa a tomar conta da situação. Chegando ao plantão, você toca a campainha e lá vem o veterinário atendê-lo. Após algumas informações rotineiras, e o exame clínico, o veterinário informa a suspeita de doença infecto-contagiosa ,e você ,acaba tendo de deixar seu filhote internado e, junto com ele, um cheque caução. Agora ,já às 3h da manhã, o veterinário coloca seu filhote no soro - sozinho, sem auxiliares - é isto mesmo, a grande maioria dos plantões veterinários não dispõe de auxiliares, estagiários, recepcionistas - e os médicos ainda reclamam, rs - medica, faz a planilha de tratamento, atualiza a ficha do paciente. Neste meio tempo, toca o telefone, toca a campainha, vende medicamentos, o outro paciente "come o equipo" e o cateter sai da veia; o outro faz novos episódios de diarréia e ainda tem paciente na sala de espera esperando atendimento.

No final do plantão, já cansado, ele fecha o caixa  e vai ,provavelmente, para seu próximo turno de trabalho. No final do mês, aquele desânimo... O mês foi fraco, ele ficou mais restrito a atendimento de pacientes internos - que lhe rende uma comissão vergonhosa (por que ele já é comissionado por procedimentos e venda de medicamentos) e resulta que, se ele não recebe aquele fixo não menos vergonhoso, ele guarda a sete chaves o valor do seu rendimento mensal. Ao longo de um mês, ele manteve os canis de hóspedes e internos limpo no seu turno de trabalho, fez consultas, vacinas, outros procedimentos, vendeu rações, acessórios, medicamentos, atendeu telefone, porta, fechou o caixa e só ganhou o resultado das comissões. Quando me perguntam se a gente ganha adicional noturno, periculosidade, ou se assinam a carteira, eu dou uma risada gostosa... chega a dar vergonha de responder. Raros, mas muito raros, são os plantões que oferecem uma remuneração digna e instalações dignas para o veterinário descansar, quando tem um intervalo.

Para aqueles que gostam de comparar a medicina humana com a veterinária, ou que acham que nós veterinários estamos ricos, por que cães e gatos viraram membros da família e o mercado pet é uma tendência da vida pós-moderna:  o que um médico ganha por plantão, a gente ganha por mês !!! Sendo que os médicos não trabalham sozinhos.. contam com enfermeiros, recepcionistas, auxiliares, etc, etc.

Fica a pergunta: Você sabia desta realidade? Fica mais fácil entender agora por que existem tantos pet shops e clínicas veterinárias espalhadas pela cidade? Por que, tendo seu próprio negócio é a única forma do veterinário conseguir se estabelecer de forma mais digna. Deixo vocês, não só em tom de desabafo, mas certa de que cumpri minha missão de INFORMAR.
Abraço a todos

sábado, 5 de março de 2011

Medicina Veterinária: Linda profissão; pouco conhecida...

Como assim, pouco conhecida? Medicina Veterinária, profissão pouco conhecida? A estas alturas vocês devem estar se perguntando: como pouco conhecida, quem não sabe que o médico veterinário é o "médico dos animais"? Quantas vezes, nós veterinários já escutamos isto? Inúmeras vezes !!! E em todos os segmentos sociais, inclusive na nossa família !!! Mas´, afinal de contas, o médico veterinário não é o médico dos animais?

Bem gente, o objetivo deste artigo é, acima de tudo, esclarecer !!! Sim, o médico veterinário é o médico dos animais, mas ele é também aquele profissional que atua em frigoríficos e indústria de laticínios, garantindo a segurança alimentar de consumidores de diferentes faixas etárias - do Danoninho que vale por um bifinho, até os ovos daquela saborosa omelete. Além disso, o veterinário também atua na vigilância sanitária de alimentos, realizando vistorias em estabelecimentos que servem refeições e comercializam alimentos; indústria farmacêutica de produtos e drogas de uso veterinário; pesquisas envolvendo experimentação de animais; sem falar é claro em propriedades rurais, na clínica de animais de produção; em zoológicos, instituições que trabalham com animais peçonhentos, sobretudo para pesquisas; controle de qualidade da água... Enfim...

Mas , no que diz respeito a clínica de pequenos animais, ou clínica de cães e gatos ,ou ,ainda ,clínica de animais de companhia - que é a atuação mais lembrada pela sociedade- nestes anos todos ,que venho atuando, me deparo com uma realidade: as pessoas entendem que , na medicina humana, o indivíduo, ainda que estude todas as áreas do curso, opta por uma e se reserva o direito de não atender outras, em contrapartida, não aceitam um veterinário clinicar e não realizar cirurgias, ou ainda, não aceitam que um indivíduo que tenha optado por atender cães e gatos, não atenda porquinhos-da-índia, e aí o argumento é sempre o mesmo - "mas vocês não passam por todas as áreas?" Quando não questionam sobre a necessidade de um veterinário em um  frigorífico. E aí eu me pergunto: se um indivíduo estuda a anatomia, a fisiologia, e as patologias das diferentes espécies de animais de produção, qual será a dúvida? não será ele o único profissional habilitado?

Portanto gente, vamos nos informar, vencer os preconceitos e superar valores construídos erroneamente ! Colegas, vamos lutar pela valorização da nossa profissão, pois só nós podemos fazer isto pela nossa classe ! Fica aqui o meu desabafo !!!

Por que ter um filhote em casa é sinônimo de casa cheia...

Ter um filhote de cão, ou de gato, em casa é com certeza sinônimo de casa cheia . Por quê? Por que um filhote demanda cuidados de manejo e de higiene numa casa. Falarei exaustivamente sobre "manejo" neste blog. Mas afinal de contar, o que vem a ser o manejo? Quando falamos em manejo, seja de um filhote, seja de um animal adulto, falamos, a grosso modo, da forma de criar este aninal; dos artifícios para educá-lo, alimentá-lo, de tal modo a torná-lo sociável e saudável. Quando se adquire um filhote de cão, ou de gato, deve-se ter em mente que teremos uma companhia por longos anos dentro da nossa casa. Não será como aquela visita indesejável ou aquele hóspede que um dia vai embora, portanto, boas medidas de manejo e um acompanhamento veterinário deverão fazer parte da nova rotina do proprietário e do filhote.

Em primeiro lugar: um filhote não é um brinquedo com botão de liga/desliga, tampouco um gato, não é um cachorro pequeno, portanto, informação é tudo !!! Antes de mais nada, leve o seu mascote a uma consulta veterinária, a qual costumamos chamar de consulta pediátrica e lá você obterá todas as informações das quais necessita para os primeiros cuidados com seu mascote - aproveite e tire todas as suas dúvidas !!!
Em segundo lugar, contenha a sua ansiedade !!! Passeios ou banhos em pet shops/estéticas, só 15 dias após o término do calendário vacinal !!! Freqüentemente observamos nos consultórios, a ansiedade que os proprietários têm de passear com seus filhotes, começar os banhos em estéticas, etc, etc. Mas, infelizmente aintes de decorrido este prazo, os filhotes ainda não estão imunes às doenças infecto-contagiosas, portanto, aquele inocente reconhecer de focinho no portão de casa, com um cão de rua, ou aquele banhão no pet shop, podem sim vir a trazer muita dor de cabeça !!!Sim, pet shops, estéticas, clínicas veterinárias são lugares freqüentados não só por animais sadios, e muitas vezes são visitados por animais incubando doenças, por isso, banhos, em casa, e quando precisar levá-lo para vacinas, corte de unhas, ou só para uma comprinha "básica", leve no colo !!!!

Portanto, meus amigos, tenham em mente: a rotina da sua casa vai mudar, com o tempo, algumas "artes" virão, como fios e chinelos roídos, mas vcs vão lembrar disto com muita saudade no futuro !!! Este ser vai acompanhar as suas oscilações de humor, a TPM de suas esposas, seu filho descobrindo o mundo e se você cuidar dele direitinho, vão dividir a "poltrona do papai" no futuro !!!

Aproveito para orientar sobre a questão de medicamentos: por mais semelhanças que existam com os tratamentos preconizados a humanos, e por mais que usemos com muita freqüência medicamentos que são prescritos por médicos a seus pacientes humanos, a dosagem terapêutica utilizada para cães e gatos não equivale a dosagem terapêutica utilizada para bebês/crianças, não só por serem espécies diferentes, mas por que o peso (em que se baseia o veterinário para suas prescrições) é muito diferente !!! Além de que existem remédios que são habitualmente indicados a humanos, cujo princípio ativo é tóxico para cães e gatos, portanto: abaixo a "auto-medicação".

Encerro este artigo desejando que o cabo da bateria do seu notebook ainda esteja intacto (até seu filhote descobri-lo !!!) e para anunciar que na sequência vamos abordar, em tópicos, os principais cuidados com estes encantáveis seres cães e gatos na primeira infância.